Futuro conectado: o que podemos esperar da Inteligência Artificial em 2025
Especialista analisa o impacto da IA em diferentes áreas e comenta sobre as mudanças, responsabilidades e desafios
A Inteligência Artificial (IA) está prestes a redefinir diversos setores até 2025, trazendo avanços inéditos e desafios complexos. Desde a transparência nas decisões dos algoritmos até a criação de novas profissões, a IA promete transformar áreas como saúde, educação e mercado de trabalho, mas não sem enfrentar questões éticas fundamentais.
Um dos avanços esperados é o desenvolvimento de sistemas de IA explicáveis, capazes de justificar suas decisões de forma clara. “Setores da saúde, finanças e jurídico exigem que as decisões da IA sejam auditáveis por órgãos de controle. A evolução da aplicabilidade, junto da IA Generativa, será crucial para aumentar a confiança e reduzir riscos”, afirma Ricardo Roberto de Lima, coordenador dos cursos de Pós-graduação em Tecnologia da Informação do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.
IA e ética: responsabilidade no uso de dados e algoritmos
A ética continuará no centro das discussões sobre IA. Questões como viés algorítmico e privacidade de dados ganham destaque à medida que a tecnologia avança. De acordo com o especialista, empresas precisarão projetar tecnologias de forma justa e inclusiva, mitigando preconceitos e garantindo a segurança de dados sensíveis.
Automação e personalização
No ambiente corporativo, a previsão é de que a IA avançará na automação de processos, como o uso de chatbots mais eficientes e robôs de automação (RPA). Simultaneamente, a personalização de experiência deverá ser ainda mais refinada. “A IA permitirá marketing contextualizado e atendimento ao cliente adaptado às preferências e comportamentos específicos de cada consumidor. A interação será mais relevante e envolvente”, destaca o coordenador.
Impactos na saúde e educação
Na saúde, a IA deve permitir diagnósticos mais rápidos e precisos, terapias personalizadas baseadas em perfis genéticos e automação de processos administrativos. Além disso, de acordo com Lima, dispositivos com IA podem democratizar o acesso à saúde, permitindo monitoramento remoto e consultas em tempo real. Porém, o uso de dados sensíveis exigirá regulamentações rigorosas para evitar abusos.
No setor da educação, a IA pode ser usada para adaptar conteúdos ao estilo de aprendizado de cada aluno, promover inclusão com recursos como tradução automática, entre outros. “A automação de tarefas administrativas permitirá que professores se concentrem no ensino criativo, mas é fundamental treinar educadores para integrar essas tecnologias de forma eficaz”, explica o docente.
Mercado de trabalho e transparência
A IA não apenas deve substituir tarefas repetitivas, mas criará mercados de trabalho. Áreas como ética em IA, supervisão de modelos e engenharia de dados ganharão relevância. O desafio, no entanto, será minimizar o desemprego tecnológico e garantir que a força de trabalho esteja capacitada para atuar nesse novo cenário.
“A transparência nas decisões da IA serão temas prioritários. Auditorias frequentes, diversidade nos dados de treinamento e design ético são indispensáveis para evitar discriminações. Setores como saúde, educação e recrutamento precisam de padrões robustos para garantir justiça”, afirma Lima.
A previsão para 2025 é de que a tecnologia será mais acessível para pequenas e médias empresas, que podem inovar em mercados antes dominados por grandes corporações. “Isso aumentará a competitividade global e criará novas oportunidades econômicas, especialmente em regiões com economias locais emergentes”, conclui Ricardo. Com tantos avanços e desafios, o futuro da IA segue em debate para combinar inovação tecnológica, responsabilidade ética e benefícios, sendo uma característica das sociedades ainda mais conectadas.